quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O Brasil por de traz do palco

Leia o texto abaixo que está circulando pela internet. É dever cívico de todo cidadão tomar conhecimento dos fatos abaixo.

Pouco a pouco estamos abrindo mão da principal conquista do país nos últimos 25 anos: a liberdade democrática. O Brasil é uma nação anestesiada pelo seu recente sucesso econômico e pela popularidade de um presidente carismático disposto a fazer uso de qualquer método para que seu partido continue no poder. Seu principal trunfo é uma massa de desinformados e desinteressados, ao lado de uma classe “intelectual” embasbacada e intimidada por sua popularidade.

Alguns falam do risco de o Brasil seguir os passos da Venezuela. A verdade é que não estamos tão longe. Vivemos em um pais onde as principais instituições responsáveis por controlar e fiscalizar o governo estão subordinadas aos interesses de um partido. O Congresso, a Policia Federal, o Supremo Tribunal Federal, a Receita Federal permanecem inertes aos recorrentes casos de desrespeito às leis e à Constituição. São órgãos loteados e empregados como batalhões do exército partidário. Quebras de sigilo fiscal, uso da máquina publica para esconder escândalos, intimidação de opositores e cidadãos comuns passaram a ser recorrentes nas manchetes durante este último governo.

Nos últimos 8 anos foi armado um grande palco onde esta sendo encenado O Brasil Grande – O País de Todos. O elenco conta com Lula, o Filho do Brasil, com a Mãe do PAC e mais recentemente com cantores de pagode e palhaços Tiriricas. O enredo narra dês da infância do nosso presidente, herói do povo, até acontecimentos grandiosos da atualidade. Começou com o Fome Zero, que nunca passou de pura propaganda, passando por obras semi-fictícias e inacabadas como PAC, PAC 2, minha casa minha vida, a Copa, chegando ao gran finale: o Plano Nacional de Direitos Humanos 3. Este último é a encenação de um grande avanço civilizatório, escondendo afrontas diretas a liberdades democráticas. É o cavalo de tróia. O presente de grego do Partido dos Trabalhadores para o Brasil. Neste grande teatro não podemos esquecer do TAV, nosso trem de alta velocidade verde e amarelo, da transposição do Rio São Francisco e do Fielzão. Histórias narradas para encantar O Pais de Tolos. 

Por traz das cenas, no backstage deste Grande Show, a realidade é outra. Lá encontramos o Brasil real, o lado escuro do governo. Lá temos coronéis do Maranhão, mafiosos alagoanos, ex-presidentes que sofreram impeachment e mensaleiros, todos misteriosamente unidos pela mesma causa. Temos tentativas de expulsão de jornalistas americanos, desvio de dinheiro e caixa dois. Temos manobras articuladas para forjar dossiês contra adversários e assassinatos misteriosos de prefeitos que ameaçam denunciar esquemas de desvio.

Mas ai de quem quiser bisbilhotar esse mundo oculto. Qualquer tentativa de observar o que está por de traz do grande palco é logo bloqueada pelo nosso querido presidente, nosso Filho do Brasil. Qualquer acusação é taxada de golpismo, investigações minuciosas de esquemas de corrupção e de apoderamento da máquina pública são ridicularizadas. Jornalistas são colocados de escanteio e atacados. Qualquer mentira é válida, qualquer trapaça é autorizada para preservar este grande teatro.
Enquanto isso o que faz o nosso povo? Onde estão os estudantes indignados, as passeatas, os caras pintadas, a oposição, a “elite pensante”? Estão todos assistindo ao grande teatro. Estão todos encantados com o trem bala, imaginando as riquezas que jorrarão do pré-sal, sonhando com a Copa. Ai ai, a Copa e as Olimpíadas. O Brasil Grande... O B do BRIC....

No escuro as instituições estão sendo loteadas e amarradas. Funcionários públicos são coagidos a ingressar no partido governante. Assim como ocorreu na Venezuela, militantes petistas são nomeados para o STF, órgão máximo da justiça brasileira. A ABIN, órgão de inteligência do Brasil, é empregada com fins políticos. O partido que sistematicamente desviou dinheiro das diversas prefeituras que comandava para arrecadar dinheiro para a campanha de 2002 e chegar ao poder, se infiltra em todos os cantos da máquina estatal. 

Em meio a essa guerra oculta, questões criticas não avançam, sendo também ofuscadas pelo Grande Show. Milhões de famílias não tem saneamento básico, não tem acesso a água potável. Milhares de pessoas levam horas para o trabalho em cidades onde a infra-estrutura de transporte colapsou. Os impostos consomem grande parte da renda da população, sendo ocultados nos preços das mercadorias. As empresas e a população são sufocadas pela burocracia e por uma infra-estrutura caótica. A violência se alastra por novos estados e a impunidade se institucionaliza. Um governo que dia após dia mostra que nenhuma lei é inviolável, passa a mensagem de que vale tudo. Comprar mercadorias ilegais, subornar policiais, usar a corrupção como ferramenta de trabalho – se eles podem, nós também podemos. 

Na política externa todos são amigos. Quer dizer, todos que estão alinhados com os interesses ideológicos do partido, é claro. E se for ditador? Melhor ainda, assim não perdemos tempo falando de democracia e direitos humanos. Ditadores da Guiné-Equatorial, de Cuba, do Irã, todos merecem apoio incondicional do nosso presidente (se for anti-americano melhor ainda). Nesse clube de grandes amigos, povos oprimidos, mulheres apedrejadas, liberdades cerceadas e presos políticos são meros incômodos, não valem uma conversa durante o jantar. 

E a educação? Ah, a educação! Essa é a peça chave nesse grande roteiro. Um em cada cinco brasileiros é analfabeto funcional e dezenas de milhões são incapazes de interpretar textos e notícias ou formular uma opinião critica. São expectadores cativos do Grande Show. São fãs de carteirinha do nosso elenco e ajudam a girar a roda do Pais de Tolos. 

Vivemos uma democracia de fachada. Temos eleições sim, mas os indignados estão calados e aqueles que estão no poder tem carta branca para agir conforme sua conveniência. Propaganda ilegal antecipada? Não tem problema. Gastar dinheiro público para promover seus candidatos? O.K.! Enquanto isso os feitos dos governos anteriores são substituídos por lendas sobre como o Brasil foi refundado em 2002. A lenda da herança maldita e da oposição neo-liberal é apresentada tantas vezes quanto necessário para aniquilar os partidos não alinhados com a “base aliada” - nome dado à falange que abrange todas as espécies de políticos, marginais e gangsteres ansiosos por um naco do poder. 

A beleza desta máquina é que ela anda sozinha. O mito está criado, as engrenagens foram dominadas, o público está entretido e os opositores estão desnorteados. Todos estão hipnotizados e o show tem que continuar.

E quando a cortina se fechar? Ainda teremos democracia? Ou teremos regredido 25 anos? O que sobrará quando os cupins tiverem corroído o palco?

Tolice! Estas não são dúvidas para agora. Sente-se e aproveite o Show. 

- Autor desconhecido

2 comentários:

  1. Um texto cheio de verdades, sem dúvidas! Embora simplista e míope em alguns pontos, deve ser louvado pelo engajamento e a pura iniciativa de analisar fatos que são ignorados pela grande maioria!

    ps. Faltam comentários aqui! Um ótimo espaço para debate desperdiçado.

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